Maukie - the virtual cat

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Deixa Ela Entrar


Não é apenas uma história de vampiros.
A história é ambientada no subúrbio de Estocolmo, em 1982. Oskar (Kåre Hedebrant), um frágil garoto de 12 anos sempre atormentado pelos colegas de escola, sonha com vingança. Ele apaixona-se por Eli (Lina Leandersson), garota bonita e peculiar que, aparentemente, é uma vampira, já que não suporta o sol ou a comida. Eli dá a Oskar força para lutar, mas o menino é colocado frente a um impasse quando percebe que ela precisa beber o sangue de outros para sobreviver: até onde pode o amor perdoar?
Vale a pena conferir!!!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Festival Parque de Teatro


Oportunidade imperdível de prestigiar os espetáculos do Grupo Parque de Teatro e o maravilhoso ator e diretor Silvero Pereira.

Sempre Erasmo


Quem tiver a oportunidade de ouvir o cd "Erasmo Carlos – Rock n' Roll (2009)" faça!!! É um trabalho maravilhoso e super atual deste grande artista da música nacional.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Mixórdia - Mistura Desordenada de Fragmentos


Data: 28 de novembro Horário: 17h Entrada: Gratuita Censura: 16 anos
Local: Centro Cultural Bom Jardim, localizado na Rua Três Corações, 400,
próximo ao ABC, Bairro Bom Jardim
Contato: (85) 3488 8600 - ccbj@ccbj.org.br

Foto: Lili Rodrigues.

domingo, 21 de novembro de 2010

Flores e Versos

Não mande flores nem versos pra mim.
Suas flores não perfumam mais.
Seus versos não convencem mais.
Elas estavam por toda a parte
e mesmo descritas por você,
nunca as percebeu.
Agora, apenas tons pastéis te cercam.
Mas meu tinteiro é multicor
e é com ele que vou escrever
o roteiro da minha vida daqui pra frente.
Fique você com suas
flores murchas e páginas rasgadas.

Emis Bastos.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

"Coisas" de Saramago


O conto "Coisas", o mais longo do livro, é uma espécie de chave para o conjunto da obra. É uma história de ficção científica. Passa-se numa sociedade futurista, dividida em castas. O que diferencia uma casta da outra é seu poder de consumo, determinado por letras que as pessoas trazem tatuadas na palma da mão. Os objetos são fabricados por um processo que lembra mais a reprodução orgânica do que a manufatura e, de fato, são dotados de personalidades e psicologia próprias. Esses objetos vão ficando cada vez mais temperamentais e, um dia, revoltam-se contra as pessoas. Começam a desaparecer misteriosamente. A princípio, são pequenos desaparecimentos, os donos não têm certeza, talvez tenham-nos apenas perdido. Mas os sumiços vão ficando progressivamente mais acintosos, passam a acontecer diante dos olhos de seus proprietários e em escala cada vez maior, de jarros e relógios a edifícios inteiros que simplesmente evaporam, deixando os moradores nus e mortos no terreno vazio. Ao final se descobre que os objetos rebeldes eram os verdadeiros humanos, convertidos em coisas pela sociedade rigidamente consumista:

"Foi então que do bosque saíram todos os homens e mulheres que ali tinham se escondido desde que a revolta começara, desde o primeiro oumi desaparecido. E um deles disse:
— Agora é preciso reconstruir tudo.
E uma mulher disse:
— Não tínhamos outro remédio, quando as coisas éramos nós. Não voltarão os homens a ser postos no lugar das coisas."

Neste conto, a cidade vai perdendo suas partes. Todas as suas materialidades, aos poucos, somem. Uma porta não precisa ser aberta, pois ali só está presente o vazio. Uma escada não se sobe nem se desce, porque não há pavimento superior, e, se tal tivesse, não existiriam mais degraus para subir. Uma calçada já não se diferencia do meio da rua, pois tudo é uma coisa só, um grande vazio. "As ruas não aparentavam grandes prejuízos, mas notava-se, na cidade, uma geral deterioração, como se alguém tivesse andado a tirar pedacinhos aqui e além, como fazem aos bolos as crianças..." (1998, p. 87)

A cidade de Saramago, paulatinamente, se desmaterializa, transformando-se em puro vazio. Não há mais espaço, só luz.
Onde antes havia espaço construído, agora, só o espaço do vazio.
Uma vez compreendido o ponto a partir do qual o autor fala, nos voltamos para os outros contos e percebemos que, de um modo ou de outro, são todos presididos por essa revolta dos objetos, homens coisificados, contra seus exploradores.

Os Lusíadas - Canto IV - "O Velho"

Este episódio insere-se na narrativa feita por Vasco da Gama ao rei de Melinde. No momento em que a armada do Gama está prestes a largar de Lisboa para a grande viagem, uma figura destaca-se da multidão e levanta a voz, para condenar a expedição.
O texto é constituído por duas partes: a apresentação da personagem feita pelo narrador (est. 94) e o discurso do Velho do Restelo (est. 95 a 104). A caracterização destaca a idade (“velho”), o aspecto respeitável (“aspeito venerando”), a atitude de descontentamento (“meneando / Três vezes a cabeça, descontente”), a voz solene e audível (“A voz pesada um pouco alevantando”), e a sabedoria resultante da experiência de vida (“Cum saber só de experiências feito”; “experto peito”).
Não foi certamente por acaso que Camões optou por esta figura e não outra. A figura do Velho do Restelo ressuma uma autoridade, uma respeitabilidade, que lhe permitem falar e ser ouvido sem contestação. As suas palavras têm o peso da idade e da experiência que daí resulta. E a autoridade provém exactamente dessa vivida e longa experiência.
No seu discurso é possível identificar três partes.
Na primeira (est. 95-97), condena o envolvimento do país na aventura dos descobrimentos, a que se refere de forma claramente negativa (“vã cobiça”, “vaidade”, “fraudulento gosto”, “dina de infames vitupérios”). Denuncia de forma inequívoca o carácter ilusório das justificações de carácter heróico que eram apresentadas para esse empreendimento (“Fama”, “honra”, “Chamam-te ilustre, chamam-te subida”, “Chamam-te Fama e Glória soberana”), sendo certo que tudo isso são apenas “nomes com quem se o povo néscio engana”. E apresenta um rol extenso de consequências negativas dessa aventura: mortes, perigos tormentas, crueldades, desamparo das famílias, adultérios, empobrecimento material e destruição. Esta primeira parte é introduzida por uma série de apóstrofes (“Ó glória de mandar”, “ó vã cobiça”. “Ó fraudulento gosto”), com as quais revela que o que ele condena é de facto a ambição desmedida do ser humano, neste caso materializada na expansão ultramarina. O sentimento de exaltada indignação manifesta-se, sobretudo, pela utilização insistente de exclamações e interrogações retóricas.
A segunda parte abrande as estrofes 98 a 101. É introduzida por uma nova apóstrofe, desta vez dirigida, não a um sentimento, mas aos próprios seres humanos (“ó tu, gèração daquele insano”). Se na primeira parte manifestou a sua oposição às aventuras insensatas que lançam o ser humano na inquietação e no sofrimento, agora propõe uma alternativa menos má, sugerindo que a ambição seja canalizada para um objectivo mais próximo — o Norte de África. A estância 99 é toda ela preenchida com orações subordinadas concessivas, anaforicamente introduzidas por “já que”, antecedendo a sua proposta de forma reiterada e cobrindo todas as variantes dessa ambição: religiosa (“Se tu pola [Lei] de Cristo só pelejas?”), material (“Se terras e riquezas mais desejas?”), militar (“Se queres por vitórias ser louvado?”). E aproveita para apresentar novas consequências maléficas da expansão marítima: fortalecimento do inimigo tradicional (“Deixas criar às portas o inimigo”), despovoamento e enfraquecimento do reino. E mais uma vez recorre às interrogações retóricas como recurso estilístico dominante.
Vem depois a terceira parte (est. 102-104). O poeta recorda figuras míticas do passado, que, de certo modo, representam casos paradigmáticos de ambição, com consequências dramáticas. Começa por condenar o inventor da navegação à vela — “o primeiro que, no mundo, / Nas ondas vela pôs em seco lenho!”. Faz depois referência a Prometeu, que, segundo a mitologia grega, teria criado a espécie humana, dando assim origem a todas as desgraças consequentes — “Fogo que o mundo em armas acendeu, / Em mortes, em desonras (grande engano!”. Logo a seguir, narra os casos de Faetonte e Ícaro, que, pela sua ambição, foram punidos. E os quatro versos finais da fala do Velho do Restelo sintetizam bem esse desejo desmedido de ultrapassar os limites:

"Nenhum cometimento alto e nefando
Por fogo, ferro, água, calma e frio,
Deixa intentado a humana gèração.
Mísera sorte! Estranha condição!"

O sonho

"Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida e nela
só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades
que aparecem em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas
que passam por suas vidas."


Clarice Lispector
"Nada como um bom copo de veneno pra molhar a boca."

terça-feira, 5 de outubro de 2010


"A cozinha, a sala e o corredor estão cheios de eus azuis, vermelhos, amarelos, roxos, eus brilhantes que deslizam e flutuam e se fundem uns com os outros, e depois se desdobram em vários outros eus ainda mais coloridos e mais brilhantes que deslizam e flutuam."

Caio F.

sábado, 11 de setembro de 2010

"Porque ninguém acredita em mim?"


Já cansada de ser constantemente estuprada pelo próprio pai, ela resolveu dar um fim, literalmente um fim em tudo. Num dos dias onde apenas os dois estavam a sós em casa, ela pegou a arma, caminhou até o escritório, fez o pai se abaixar devagar e disparou um tiro certeiro bem no meio do crânio dele. A única coisa que passava por sua cabeça, era o desejo de nunca mais sentir aquela dor novamente.
A polícia agiu rápido, conseguiram encontrar o corpo na linha férrea antes o próprio fosse dilacerado pelo trem. Ela? A polícia também encontrou, ainda armada e perdida na ruína de um milhão de sonhos. Seus dias de cão só começaram. A mãe? Sabia de tudo.
De quem é a dor?

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

MIXÓRDIA NO XVII FESTIVAL NORDESTINO DE TEATRO - GUARAMIRANGA


Espetáculos de teatro, dança, cultura popular tradicional, esquetes, cortejos, shows musicais, além de um intenso programa de formação, vão transformar Guaramiranga/CE, durante oito dias. De 04 a 11 de setembro acontece a 17ª edição do Festival Nordestino de Teatro – FNT, um dos mais conceituados projetos de artes cênicas existentes no país.

O espetáculo MIXÓRDIA acontecerá dia 07/09 às 0h no Teatro Raquel de Queroz.

IVETE SANGALO invade EUA


Para a gravação do seu 1º DVD internacional Ivete vai contar com a participação de diversos artistas nacionais e internacionais, entre eles Seu Jorge, Diego Torres, o colombiano Juanes, Nelly Furtado e Wisin & Yandel, um verdadeiro mix de estilos musicais.Em apenas uma única noite e para um público estimado em 14.500 pessoas, Ivete vai apresentar um repertório das canções mais famosas de sua carreira e ainda cantará músicas inéditas. Todo o espetáculo vai ser produzido para lançar o 4º DVD ao vivo da cantora.Esse evento Produzido pela Caco de Telha Entretenimento, em parceria com a Metropolitan Talent Presents, e patrocinado pela TAM Airlines, contará com uma equipe dos melhores profissionais do mercado, tudo para produzir um grande e especial espetáculo.

Situado no centro financeiro e cultural da Big Apple (Nova Iorque), mais precisamente na região de Manhattan está o Madison Square Garden, imponente local onde se exibem grandes artistas e espetáculos dos mais variados gêneros(esportes, teatro, convencoes), é lá que Ivete Sangalo fará a gravação do seu quarto DVD, e terceiro ao vivo, com participações especiais.

Nos arredores desse lugar lendário, estão alguns dos mais importantes pontos turísticos da cidade mais cosmopolita do mundo: Central Park, Marco Zero (antes o World Trade Center), Estátua da Liberdade e Empire State Building.

Nesta arena, para até 20 mil pessoas, já aconteceram desde shows memoráveis a inesquecíveis jogos pela NBA(Liga Nacional de Basquete) e NHL(Liga Nacional de Hóquei). Em 1988 e 2001 o astro Michael Jackson fez dois dos mais lembrados shows no The Garden, segundo escolha do público no site do espaço. Outros artistas como Elvis Presley, Bob Dylan, Whitney Houston, Led Zeppelin, Duran Duran também tem uma relação muito especial com o lugar.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

SOLTA O ANIMAL


Arrebenta as correntes do teu medo,
mergulha nas torrentes do desejo!
Convida para o vinho e para o verso,
e a nudez brotará num de repente.

Destroça os teus fantasmas, aniquila-os
ao som do beijo ardente e dos murmúrios.
O amanhã é mistério impenetrável,
é plano, é sonho, é canto de promessas.

Levanta-te do asilo sem sentido,
arroja-te ao pulsar das emoções,
ao desalinho etéreo dos lençóis!

Assuma a transgressão que te enlouquece,
Desvenda este mistério que te abate,
solta o animal que ruge na tua alma.

SAUDADE

Ardência incontida percorre meu corpo,
ao tempo em que sinto um aperto no peito.
Voltar! Que desejo impossível este verbo
roclama aos sentidos tomados de dor!

As horas findaram; os beijos e abraços
são sombras de arquivo de antigos desejos.
Ah, quanto te quis nesses dias vazios!
Ah, como sofri sem teu cheiro e tua voz!

Orgulho sem freios travou meus impulsos,
enquanto os meus dias ao pranto cederam,
minando a existência ferida de morte.

Teu tempo, tua vida, teu corpo, teus ais,
teus sonhos tão simples, mas cheios de graça,
perdi tudo, amor, à exceção da saudade.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

MIXÓRDIA




Dias 04 e 05 de Agosto 19h e 21h no Theatro José de Alencar.

segunda-feira, 19 de julho de 2010


A felicidade é uma janela aberta a espera de alguém que esteja afim.

A Morte tem olhos verdes.


Sim
A Morte tem olhos verdes
Verdes como duas pedras raras
Verdes por que eu vi.
Ela veio me visitar ontem para lembrar de não esquecê-la
É sempre assim...
Bati com os olhos nela
Estava de dourado
Fina e desorientada
parecia que estava com um resfriado
A pele sempre desbotada, fina e com extravasamento de hemácias.
A Morte tem sangue?
Sei que me olhou a sangue frio
Fiquei naquela vontade louca de tocar seus lábios
Se não estivessem tão ressecados...
Olhos verdes de desejo, esperança, quem sabe?
Para não ser mal educado
A coloquei de volta em seu caminho e segui o meu sem mais comentários.
O que será que ela quis dizer desta vez???
Mais que olhos verdes ela tem.

sábado, 26 de junho de 2010

Saudades José.


Como diria Guimarães Rosa "Ele se encantou" 18/06/2010.

Eu e Ivetinha, Ivetinha e Eu.


Não há palavras para agradecer o carinho e a atenção que me foram direcionados nos dias 18/06 (em Mossoró)e 19/06 (em Fortaleza)por Ivete Sangalo e sua equipe de trabalho. Acompanho a carreira de Ivetinha muito antes desse enorme sucesso e poder estar a seu lado ainda hoje registrando esse reconhecimento é muito gratificante.
Só tenho mesmo a agradecer e retribuir sempre todo esse amor!!!
Obrigado, Ivete!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

"Tenho uma vontade besta de voltar, às vezes. Mas é uma vontade semelhante à de não ter crescido"

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Os Dragões não Conhecem o Paraíso. Estou cada vez mais certo disso.


"Os homens precisam da ilusão do amor da mesma forma como precisão da ilusão de Deus. Da ilusão do amor para não afundarem no poço horrível da solidão absoluta; da ilusão de Deus, para não se perderem no caos da desordem sem nexo."

"Eles se ensaiam eternamente, jamais estréiam. As cortinas não chegam a se abrir para que entrem em cena. Eles se esboçam e se esfumam no ar, não se definem. O aplauso seria insuportável para eles: a confirmação de que sua inadequação é compreendida e aceita e admirada, e portanto - pelo avesso igual ao direito - incompreendida, rejeitada, desprezada. Os dragões não querem ser aceitos. Eles fogem do paraíso, esse paraíso que nós, as pessoas banais, inventamos - como eu inventava uma beleza de artifícios para esperá-lo e prendê-lo para sempre junto a mim. Os dragões não conhecem o paraíso, onde tudo acontece perfeito e nada dói nem cintila ou ofega, numa eterna monotonia de pacífica falsidade. Seu paraíso é o conflito, nunca a harmonia."

Caio Fernando Abreu - Os Dragões Não Conhecem o Paraíso.

domingo, 18 de abril de 2010

SOLTA O ANIMAL.


Arrebenta as correntes do teu medo,
mergulha nas torrentes do desejo!
Convida para o vinho e para o verso,
e a nudez brotará num de repente.

Destroça os teus fantasmas, aniquila-os
ao som do beijo ardente e dos murmúrios.
O amanhã é mistério impenetrável,
é plano, é sonho, é canto de promessas.

Levanta-te do asilo sem sentido,
arroja-te ao pulsar das emoções,
ao desalinho etéreo dos lençóis!

Assuma a transgressão que te enlouquece,
Desvenda este mistério que te abate,
solta o animal que ruge na tua alma.

Minhas Filhas Jade e Frida.


Coisa boa é chegar em casa e ter um carinho singular pra me receber.

terça-feira, 30 de março de 2010

Chega disso!

Vadia tem que ter postura.
Vadia tem que ter jogo de cintura.
Tem que ser firme.
Decidida.
Vadia é ser vadia.

To farto das pseudos vadias.
vadias de oba oba sem atitude Vadia.

vadias que usam as Vadias para se desculparem por seus atos.
vadias que denigrem a imagem das nossas Vadias.

Por favor, vadias, sejam vocês mesmos e deixem nossas vadias em PAZ!!!

Emis.

segunda-feira, 29 de março de 2010

ENGENHARIA ERÓTICA: UMA FÁBRICA DE TRAVESTIS.


Partindo da pesquisa realizada, pelo ator e diretor Silvero Pereira, iniciada em 2004 sobre o universo das travestis e transformistas e que resultou nos trabalhos UMA FLOR DE DAMA e CABARÉ DA DAMA, este novo processo fecha a trilogia tendo como referência o livro ENGENHARIA ERÓTICA: TRAVESTIS NO RIO DE JANEIRO do fotógrafo e psicanalista Hugo Denizart, e relatos subtraídos de entrevistas realizadas com travestis e transformistas de diversas cidades do Estado do Ceará.
ENGENHARIA ERÓTICA: UMA FÁBRICA DE TRAVESTIS parte de uma pesquisa empírica e científica, para além do estereótipo e dos preconceitos, do modo de vida das travestis do nosso estado na preocupação de quebrar conceitos impostos pela sociedade tentando desmistificar sua relação com a marginalização e prostituição e lançando um olhar sobre a diferença entre história de vida e condição de vida.

domingo, 28 de março de 2010


"Me atirava do alto na certeza de que alguém segurava minhas mãos,
não me deixando cair.
Era lindo mas eu morria de medo.
Tinha medo de tudo quase:Cinema, Parque de Diversão, de Circo, Ciganos.."

"Aquela gente encantada que chegava e seguia.
Era disso que eu tinha medo.
Do que não ficava pra sempre."

Antônio Bivar - "Era uma Vez"

sexta-feira, 26 de março de 2010

Necrológio dos Desiludidos do Amor.

Os desiludidos do amor
estão desfechando tiros no peito.
Do meu quarto ouço a fuzilaria.
As amadas torcem-se de gozo.
Oh quanta matéria para os jornais.

Desiludidos mas fotografados,
escreveram cartas explicativas,
tomaram todas as providências
para o remorso das amadas.

Pum pum pum adeus, enjoada.
Eu vou, tu ficas, mas nos veremos
seja no claro céu ou turvo inferno.

Os médicos estão fazendo a autópsia
dos desiludidos que se mataram.
Que grandes corações eles possuíam.
Vísceras imensas, tripas sentimentais
e um estômago cheio de poesia...

Agora vamos para o cemitério
levar os corpos dos desiludidos
encaixotados competentemente
(paixões de primeira e de segunda classe).

Os desiludidos seguem iludidos,
sem coração, sem tripas, sem amor.
Única fortuna, os seus dentes de ouro
não servirão de lastro financeiro
e cobertos de terra perderão o brilho
enquanto as amadas dançarão um samba
bravo, violento, sobre a tumba deles.

Carlos Drummond de Andrade, in 'Brejo das Almas'

quarta-feira, 10 de março de 2010

Ai que calor ô ô ô, ô ô ô...



Nossa, que calor é esse???
Já tomei tanta água que estou sentindo-me uma "água viva" rs... E olha que ainda são 7h da manhã. As palavras de ordem estão sendo: água, sucos, sorvetes, ventiladores, ar refrigerados e banho, ou melhor, muuuuitos banhos!
Não tem quem durma bem nesse calor de noite, quanto mais de dia. Além de tomar vários banhos, estou dormindo sobre a toalha de banho molhada e com dois ventiladores pra poder, tentar, ter uma noite um tanto confortável.
Já tem gente dizendo que tomar um bom copo d'água, ultimamente, está dando mais prazer do que fazer amor. Aí, enquanto não esfria para voltarmos a ficar agarradinhos, só fazendo amor no chuveiro mesmo...

quarta-feira, 3 de março de 2010

Viver de teatro.

Matéria que se encontra na coluna "Mirante" do Jornal O Povo.

"Uma pergunta recorrente, de pessoas que não são do meio teatral, é sempre a mesma: é possível viver só de teatro? Posso começar respondendo que sim, mas não só atuando, como muitos acham, é preciso fazer de tudo um pouco para garantir uma renda mensal (que varia muito de acordo com a quantidade de trabalhos). No meu caso, além de trabalhar como ator e diretor, ministro oficinas e tenho um trabalho de criação de figurinos para teatro e dança, além de trabalhos corporativos com teatro, enfim: é preciso correr atrás para se manter financeiramente. Com relação à bilheteria de espetáculos,em alguns casos, mal dá para pagar a pauta do teatro e, quando a bilheteria é boa, muitas vezes o elenco é grande na hora da divisão.

Muitos colegas de profissão têm o teatro como único meio de remuneração, e isso é um bom sinal. Com os cursos de formação, o surgimento de novos coletivos e atores e atrizes que desenvolvem suas pesquisas ministrando oficinas, percebe-se cada vez mais a busca por uma profissionalização e a formação de um mercado, tendo o teatro como fonte de renda."
Yuri Yamamoto
03 Nov 2009

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Temporada de caça aberta. Cabeças vão rolar!!!

Alice no País das Maravilhas, de Tim Burton.

Johnny Depp (Chapeleiro Maluco)

Mia Wasikowska (Alice)

Helena Bonham Carter (Rainha Vermelha)

Anne Hathaway (Rainha Branca)

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

"O Inferno são os Outros" SARTRE.


"O inferno são os outros", ou seja, embora sejam eles que impossibilitem a concretização de meus projetos, colocando-se sempre no meu caminho, não posso evitar sua convivência.

A minha liberdade inevitável confronta-se, todavia, com o olhar do outro. Os outros tendem a olhar-me como se eu fosse uma natureza permanente: um indivíduo com estas ou aquelas características. Desse modo, objectivam-me, reduzem-me a uma coisa. A minha irredutível subjectividade é dificilmente compatível com a maneira como os outros me vêem.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

“Preciosa – Uma História de Esperança”


Pedofilia, violência, abusos de toda ordem, preconceito estético e analfabetismo.
Produzido por Oprah Winfrey, com participações de Lenny Kravitz e Mariah Carey, é forte candidato a grande vencedor do Oscar deste ano, com seis indicações: filme, diretor, atriz (a estreante Gabourey Sidibe), atriz coadjuvante (Mo’Nique, a mãe-problema), roteiro adaptado e montagem.
O filme é baseado no livro “Push”, da poeta e cantora norte-americana Sapphire. Em entrevistas a jornais americanos ela explica que o enredo não é uma autobiografia e nem tampouco é a jornada de uma pessoa específica.
O livro é resultado de uma colagem de histórias reais que ela conheceu na época em que lecionava num colégio no Harlem. No entanto, a autora sofreu abusos sexuais – fato que não comenta.
A trama se passa em 1987, no bairro pobre de Harlem, em Nova York. Aos 16 anos de idade, Clarice Preciosa Jones (Gabourey Sidibe), uma garota analfabeta, negra e obesa, está esperando seu segundo filho, resultado dos constantes abusos do próprio pai. Da mãe, Mary (Mo’Nique), recebe apenas desaforos, reclamações e ordens. Apenas as duas vivem em um pequeno apartamento, sustentado unicamente pelo dinheiro da assistência social, recebido graças aos infortúnios na trajetória da moça.

Suspensa da escola devido a sua gravidez, Preciosa procura ajuda em uma instituição alternativa, onde poderá finalmente aprender a ler e escrever. Com o apoio da professora Ms. Rain (Paula Patton), ela buscará forças para sobreviver às desgraças que insistem em aparecer diariamente em sua vida. Livrar-se das garras da mãe exploradora e ter de volta a primeira filha são apenas alguns dos desejos dessa garota, que agora tentará decidir seu próprio futuro.
Preciosa não é dessas garotas que lamentam a toda a hora a desgraça de vida que possuem. Pelo contrário, ela sonha. Sonha ser uma artista famosa desfilando nos tapetes vermelhos de grandes premiéres de cinema, sendo fotografada pelas maiores revistas do ramo. Deseja ter um namorado bonito, ser rica e, acima de tudo, feliz. Ou seja, ela pensa como toda menina de sua idade.

O problema é que a realidade cruel já bateu a sua porta. Mãe de uma menina com Síndrome de Down (a quem a mãe chama debochadamente de Mongo), que é criada pela bisavó, Preciosa, no entanto, teme encarar de frente as maldades de sua genitora e os abusos de seu pai. Permanece calada, até que a convivência com Ms. Rain e a chegada do novo filho a fazem reagir.
“Preciosa” atinge uma linguagem universal que agradará a todos os públicos. Muito bem contado, dirigido e atuado, o filme é uma lição de vida para todos aqueles que acham que já foram vencidos pelas agruras do destino. Este é mais um belo exemplar produzido pelo cinema independente americano.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

ALO, GUITARRA VENENOOO!!!

Ivetinha resolveu soltar os bichos no carnaval.
Cavalo.
Pássaro.
O que será q vem mais por aí?

CARNAVAL 2010

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Só tinha q ser pra VC.

"Te amo mais uma vez esta noite,
talvez nunca tenha cometido “euteamo”
assim tantas seguidas vezes, mal cabendo no fato
e no parco dos dias...
...Por isso euteamo agora
como nunca antes.
Porque quando euteamei ontem
Euteamava naquele tempo
e sou hoje o gerúndio
daquela disposição de verbo.
Euteamo hoje com você dentro
embora sem você perto
euteamo em viagem
portanto em viragem
diferente da que quando
estava perto.
Euteamo como nunca amei
você longe, meu continente, meu rei
Euteamo quantas vezes for sentido
e só nesse motivo é que te amarei."

Elisa Lucinda.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Ser assim de vez em quando me mata.


As vezes a sensação é horrivel, é como se não houvesse possibilidades, é como se estivesse fora do meu alcance e os fatos que se sucedem em preto e branco parecem não querer desmentir tal impressão.
É como se o braço fosse curto demais pra alcançar ou a mão pequena demais pra segurar.
É como se a culpa fosse minha, por querer, por desejar, por achar que seria possível.
É como ser excluído, ser privado de sentir, de querer, de ser quisto.
Ser posto em último numa fila que não anda, ter um estádio inteiro zombando de seus sonhos mais puros, como se eles jamais fossem acontecer. E ao redor tudo parece andar na velocidade da luz, colorido, sonoro, feliz.
Quem tem tudo pra dar certo, dá; quem tem as razões pra se preocupar, as supera; quem parece ter chegado ao fim, se levanta, e sorri. Pra mim, e de mim. E o gosto da lona não sai da boca, o juiz começa a contagem a partir do zero.
Toda aquela disposição, todos aqueles planos e preparativos, parecem ser levados pelo vento, o mesmo vento que outrora deslizava pelos nossos cabelos. E eis que uma semana nova chega e eu ja me sinto exausto, simplesmente por ter deixado minha mente ir tão longe num exercício de auto-piedade inutil e destrutivo.
Quem me rodeia sabe que eu não sou assim o tempo todo, mas tbm imagina o quanto ser assim de vez em quando me mata.

domingo, 31 de janeiro de 2010

A melhor arma de sedução é a inteligência.


Tem coisa melhor do que uma pessoa q domina as palavras e sutilmente te encanta, envolve, mas sem ciencia de que está fazendo isso com vc?

As palavras são úteis, sim, também para seduzir. Claro que nem sempre no jogo de sedução precisaremos delas, mas os apelos que geram dentro de nós são tão reais que podem nos levar a excitação física ou colocam-nos em alerta para percebermos tal mudança de estado...
Impagável ouvir em alto e bom som o quanto somos especiais, a verbalização do carinho, do amor, do desejo... Delícia também abrir um e-mail ou até uma mensagem no celular com palavras doces ou picantes... Ou então umas palavrinhas sussurradas ao pé do ouvido, na hora certa, no tom certo...

Mas a sedução pelas palavras vai muito além.

Estamos o tempo todo tentando seduzir, encantar... seja nas relações amorosas, familiares, no trabalho...
Procuramos ( mesmo que por vezes inconscientemente) nos autopromover, ressaltar nossas qualidades, enaltecer nossos feitos, mostrar nosso melhor lado. Queremos conquistar, ser aceitos, seduzir...
Palavras agridem. Palavras acolhem. Palavras criam desejos. Palavras enfeitiçam, seduzem e provocam.

Palavras que lambem a pele
e fazem flutuar.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

DIVINA COMÉDIA - Por Nelson Rodrigues



No fim de sete anos de matrimônio, o único vínculo do casal eram os cravos do marido, que Marlene gostava de espremer. Fora esta distração profunda e imprescindível, não havia mais nada. Debaixo do mesmo teto, cercados pelas mesmas paredes, eles se sentiam como dois estranhos, dois desconhecidos, sem assunto, um interesse ou um ideal comum. E, como não tinham filhos, a inexistência de criança aumentava o tédio. Até que, um dia, Godofredo toma coragem e ataca, de frente, o problema da monotonia conjugal:
— Sabe qual é o golpe? O grande golpe? A solução batata?
— Qual?
E ele:
— A separação. Que é que você acha? Vamos nos separar?
No momento, Godofredo estava com a cabeça no colo da mulher. Muito entretida, Marlene coçava e catava os cravos do marido com inenarrável deleite. O rapaz insiste:
— Como é? Topas?
Ora, Marlene estava entregue a um mister que lhe parecia de suprema volutuosidade. Justamente acabava de fazer uma descoberta da maior gravidade. Com água na boca, anunciou:
— Achei um formidável! Grande mesmo!
E não sossegou enquanto não completou a extração do cravo monumental. Satisfeita, eufórica, vira-se, então, para Godofredo:
— O que é que você perguntou?
Ele repete:
— Vamos nos separar?
A princípio ela não entendeu:
— Separar?
Godofredo confirma: “Exato”. Sem horror, sem drama, apenas surpresa, ela indaga: “Separar por quê? A troco de quê? Sinceramente, não vejo razão”. Sóbrio, mas firme, ele protesta:
— Razão há. Tenha santíssima paciência, mas há. Você quer como há? Nossa vida é duma chatice inominável. Te juro seguinte: — não há no mundo uma vida mais sem graça, mais esta do que a nossa. Há? Fala francamente. Marlene parece disposta a uma segunda pesquisa no rosto
marido. Pergunta, meio distraída:
— Você me dá três dias pra pensar?
Godofredo faz os cálculos:
— Três dias? Dou.

A VIZINHA

Na história matrimonial de ambos, não havia a lembrança um atrito, de um incidente sério, de um ressentimento. Eles aborreciam juntos, eis tudo. Para Godofredo, a monotonia um motivo mais do que suficiente para a separação. Já Marlene, que respeitava mais a opinião dos parentes e vizinhos do que a do próprio Juízo Final, duvidava um pouco. De qualquer maneira, como era uma mártir, uma Joana d’Are do tédio, é possível que acabasse concordando. Mas aconteceu uma coincidência interessante:
no dia seguinte, conhece Osvaldina, sua nova vizinha. Conversa vai, conversa vem, e Osvaldina, sua vizinha,a pôr o seu marido nas nuvens.
— Esposa tão feliz como eu, pode haver. Mas duvido!
Isto foi o princípio. Formara-se um grupo de mulheres na calçada. E Osvaldina continuou, no mesmo tom de comício: “Estou casada há cinco anos. Muito bem. Vocês pensam que a minha lua-de-mel acabou? Que esperança!”. Houve em derredor um assombro mudo e, possivelmente, um despeito secreto. Uma lua-de-mel assim infantil e infinita era um fato sem precedente naquela rua, onde o fastio do matrimônio começava ao término da primeira semana. E a fulana prosseguia, cada vez mais cheia
de si e do marido:
— Jeremias me beija, hoje, como na primeira noite etc. etc. De noite, quando Godofredo chegou, Marlene estava in-dignada. Contou-lhe o caso da vizinha e explodiu:
— Uma mascarada! Pensa que é o quê? Melhor do que ninguém? Ora veja!
Godofredo rosna:
— Deixa pra lá!
Mas ela estava numa revolta sincera e profunda:
— Você conhece o marido dela? Viu? É um espirro de gen-te, um tampinha! E vou te dizer mais: não chega a teus pés, não é páreo pra ti!
De cócoras, ao pé do rádio, Godofredo estava procurando
uma estação. Súbito, a mulher vira-se para ele. Foi misteriosa:
— Ela não perde por esperar! Vou tomar as minhas provi-dências! Quando quero, sou maquiavélica!


MUDANÇA

De manhã, quando o marido ia sair, ela avisou: “Vou te levar ao portão”. Ele, que enfiava o paletó, espanta-se: “Que piada é essa?”. O espanto era natural, considerando-se que, após dez dias de lua-de-mel, ela jamais rendera ao marido semelhante homenagem. Interpelada por Godofredo, eleva a voz:
— Piada por quê, ora bolas? Você não é meu marido? Devo tratar meu marido a pontapés?
Ele, sem entender patavina, rosna:
— É fantástico!
E vai saindo na frente. Então, Marlene, dando-lhe o braço, exige: “Presta atenção. Lá fora, vou te beijar, percebeste?”. Houve no portão o que o próprio Godofredo chamaria depois de um verdadeiro show. Marlene dependurou-se no braço do esposo e deu-lhe um beijo cinematográfico na boca. Em seguida, enquanto o espantadíssimo
Godofredo afasta-se, ela, num quimono rosa, debruçada no portão de madeira, esvazia-se em adeusinhos com os dedos.
A coisa fora tão insólita que, da cidade, o rapaz bateu o telefone para casa, fulo. Começou grosseiramente: “Você bebeu? Acordou com os azeites? Que papelão foi aquele?”.
Marlene enrolou as palavras. Ele insistiu:
— Há uns duzentos anos que tu não me beijavas na boca. Por que esse carnaval?

EXPLICAÇÃO

Quando voltou do serviço, e pôde conversar com a esposa, Godofredo soube de tudo. Quem tomara a iniciativa de proporcionar aos vizinhos e eventuais transeuntes cenas amorosas ao portão fora a nova vizinha. Osvaldina, com efeito, dava com o marido um espetáculo de incomensurável chamego. Marlene vira aquilo e se doera. Prometera
de si para si: “Eu te dou o troco!”. E dizia agora ao esposo:
— Essa lambisgóia me atira na cara a sua felicidade. Pensa, talvez, que é a única esposa amada. As outras não são, só ela que é. Mas comigo não, uma ova!Devidamente esclarecido, Godofredo esbravejava, por sua vez: “Você resolveu dar um espetáculo e quem paga o pato sou eu? Exatamente eu?”. Exaltada, andando de um lado para o outro, Marlene estaca: “Você é marido pra quê, carambolas?”. E de consternado:
— Mas, criatura, raciocina! Pensa um pouco! A gente não estava combinando o desquite? Separação?
Só faltou bater no marido:
— Você pensa que eu vou dar o gostinho a essa cavalheira? Se eu me separar, ela vai mandar repicar os sinos, vai espalhar que eu fracassei como mulher. Não, nunca! Você não casou comigo? Meu filho, aqui no Brasil não há divórcio, compreendeu? Agora agüenta!
Ele, pasmo, lívido, abria os braços para o teto:
— Essa é a maior! E a maior!

RIVALIDADE

E, então, todas as manhãs, era um duplo show de indescritível felicidade conjugal. No portão fronteiro, Osvaldina atracava-se ao esposo e submergia-se nas demonstrações mais deslavadas. Beijava-o como se o pobre homem fosse partir para a Coréia ou coisa que o valha. Por sua vez, Marlene não ficava atrás. Como os dois maridos saíssem
quase na mesma hora, os dois espetáculos foram muitas vezes simultâneos. A princípio, Godofredo, envergonhado da comédia, quis relutar. Mas Marlene foi intransigente.
Definiu em termos precisos a situação:
— O negócio é o seguinte: aqui, dentro de casa, você pode me tratar a pontapés. Mas lá fora, não. Lá fora, eu quero, eu faço questão que você banque o apaixonado até debaixo d’água, sim? Eu nunca te pedi nada. Te peço isso!
Godofredo coçava a cabeça impressionado. Mas era um bom sujeito, doce de caráter, fraco de coração. Compreendia que, para Marlene, aquela misteriosa mistificação matinal era um problema de vida e morte. Suspirou, arrasado:
— 0K! 0K!

AMOR DE VERDADE

Todos os dias, ela o instigava: “Vamos embasbacar essa gente, meu filho, conta pra eles que tu me amas com loucura e vice-versa”. Pouco a pouco, o espírito de concorrência, de rivalidade, foi se apoderando de Godofredo. À noite, depois do jantar, os dois saíam num agarramento, numa inconveniência de namorados. Já se rosnava na rua:
“Aqueles dois são impróprios para menores!”. Simulavam também, no cinema, um falso assanhamento que indignava as pessoas próximas. Em casa, trancados, tiravam a máscara e agiam com a maior circunspeção. Mas tanto fingiram que, uma noite, a portas fechadas, ele se vira para a mulher: “Dá cá um beijinho”. Então espantado, inquieto, Godofredo saboreia o beijo, como se lhe descobrisse, subitamente, um sabor diferente e mágico.
Levanta-se e vem, transfigurado, beijar sôfrego e brutal a
pequena. Arquejante, balbucia:
— Gostei.
Pronto. A partir de então, começaram uma nova e inenarrável lua-de-mel.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Café do Zé.

O Q VC FARIA?

Mãe que aplicou injeção letal no filho pega prisão perpétua no R.Unido.

Qui, 21 Jan, 07h18
Londres, 21 jan (EFE).- Uma mãe britânica que injetou "por compaixão" uma dose letal de heroína em seu filho, que sofria de uma lesão cerebral irreversível, foi condenada em Londres a prisão perpétua.
Frances Inglis, de 57 anos, justificou sua ação explicando que sentia que não tinha mais remédio para libertar seu filho, Thomas, do "inferno em vida" que vivia (estado vegetativo).
A mulher, mãe de três filhos, estava em liberdade condicional após ter tentado matar Thomas quando, em novembro de 2008, entrou no hospital onde ele estava usando uma identidade falsa.
A mulher admitiu o fato, mas garante que tinha agido unicamente por compaixão.
Na quarta-feira, os membros do júri a consideraram culpada. O juiz, Brian Barker, disse que, independente de sua intenção, tratava-se de um assassinato.
O filho mais velho de Frances, Alex, de 26 anos, defendeu a mãe e disse que ela tinha agido "por amor" em relação a seu irmão.
"Toda a família e a namorada de Tom apoia totalmente a minha mãe. Todos os que o amavam não consideram que houve um assassinato, mas um valente ato de amor", afirmou Alex.
Thomas Inglis sofreu graves lesões cerebrais após saltar em julho de 2008 de uma ambulância e bater a cabeça no chão. Ele tinha participado de uma briga em um bar e machucado os lábios, mas não queria ser levado ao hospital.
Ultimamente tinha mostrado sinais de melhora, mas seguia precisando de cuidados contínuos e sua mãe, que estava se formando como enfermeira, não confiou na previsão encorajadora de um dos médicos. EFE

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A EVOLUÇÃO DEPP



Johnny Depp gosta mesmo do mundo da fantasia.
É preciso cegarem-se todos, para que enxerguemos a essencia de cada um?

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Olá


Vamos começar abrindo a porta q nos levará a partes q nem sempre formarão um todo.